Quiinaceae

Quiina maguirei Pires

DD

EOO:

13.089,541 Km2

AOO:

12,00 Km2

Endêmica do Brasil:

Sim

Detalhes:

Espécie endêmica do Brasil (Rocha, 2020), com a seguinte distribuição: AMAZONAS, Santa Isabel do Rio Negro. PARÁ, Oriximiná.

Avaliação de risco:

Ano de avaliação: 2020
Avaliador: Eduardo Fernandez
Revisor: Mário Gomes
Categoria: DD
Justificativa:

Árvore com até 12 m, endêmica do Brasil (Rocha, 2020), foi registrada em Floresta de Terra Firme associada a Amazônia presente nos estados do Amazonas, município de Santa Isabel do Rio Negro, e Pará, município de Oriximiná. Apresenta distribuição conhecida restrita, EOO=10566 km², AOO=4 km², e duas situaççoes de ameaça. Entretanto, é conhecida por poucas coleções além do material-tipo (1966), tendo sido regitrada a última vez há cerca de 40 anos. Desde então, pouco se avançou em relação ao seu estado de conhecimento. Assim, diante da carência de dados geral e pelo fato da espécie ter sido descrita a partir de material coletado em uma região onde esforços de coleta são considerados insuficientes, a espécie foi considerada como Dados Insuficientes (DD) neste momento. Estudos direcionados buscando encontrar a espécie na localidade típica e em outras localidades próximas fazem-se necessários para melhorar o conhecimento sobre sua distribuição e dinâmica populacional e assim possibilitar uma robusta avaliação de seu risco de extinção, urgente diante do aumento dos vetores de pressão que se apresentam para sua região de ocorrência (Charity et al., 2016; Mineração Rio do Norte, 2014; Nepstad et al., 2006).

Último avistamento: 1980
Quantidade de locations: 2
Possivelmente extinta? Não
Severamente fragmentada? Desconhecido

Perfil da espécie:

Obra princeps:

Descrita em: Mem. New York Bot. Gard. 18(2): 54, 1969. As informações da espécie foram validadas pelo especialista através do questionário (Sabrina Queiroz de Farias, com. pes., 2020).

Valor econômico:

Potencial valor econômico: Desconhecido
Detalhes: Não é conhecido valor econômico da espécie.

População:

Flutuação extrema: Desconhecido
Detalhes: Não existem dados populacionais.

Ecologia:

Substrato: terrestrial
Forma de vida: tree
Longevidade: perennial
Biomas: Amazônia
Vegetação: Floresta de Terra-Firme
Habitats: 1.6 Subtropical/Tropical Moist Lowland Forest
Detalhes: Árvore com até 12 m de altura. A espécie ocorre na AMAZÔNIA, em Floresta de Terra Firme (Rocha, 2020).
Referências:
  1. Rocha, A.E.S., 2020. Quiinaceae. Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. URL http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB103688 (acesso em: 10 de maio de 2020).

Ameaças (3):

Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.1 Ecosystem conversion 2.3.3 Agro-industry grazing, ranching or farming habitat past,present,future national very high
A floresta amazônica perdeu 17% de sua cobertura florestal original, 4,7% somente entre 2000 e 2013, principalmente devido à atividades oriundas da pecuária extensiva (Charity et al., 2016). O aumento do desmatamento entre 2002-2004 foi, principalmente, resultado do crescimento do rebanho bovino, que cresceu 11% ao ano de 1997 até o nível de 33 milhões em 2004, incluindo apenas aqueles municípios da Amazônia com florestas de dossel fechado compreendendo pelo menos 50% de sua vegetação nativa (Nepstad et al., 2006). Segundo Nepstad et al. (2006) a indústria pecuária da Amazônia, responsável por mais de dois terços do desmatamento anual, esteve temporariamente fora do mercado internacional devido a presença de febre aftosa na região. Contudo, o status de livre de febre aftosa conferido a uma grande região florestal (1,5 milhão de km²) no sul da Amazônia seja, talvez, a mudança mais importante que fortaleceu o papel dos mercados na promoção da expansão da indústria pecuária na Amazônia (Nepstad et al., 2006).
Referências:
  1. Nepstad, D.C., Stickler, C.M., Almeida, O.T., 2006. Globalization of the Amazon Soy and Beef Industries: Opportunities for Conservation. Conserv. Biol. 20, 1595–1603. https://doi.org/10.1111/j.1523-1739.2006.00510.x
  2. Charity, S., Dudley, N., Oliveira, D., Stolton, S., 2016. Living Amazon Report 2016: A regional approach to conservation in the Amazon. WWF Living Amazon Initiative, Brasília and Quito.
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.1 Ecosystem conversion 3.2 Mining & quarrying habitat past,present,future regional high
A capacidade inicial de produção de bauxita da empresa foi de 3,35 milhões de toneladas anuais. Ao longo de nossa operação, esta capacidade expandiu-se gradativamente, em função do aumento da demanda de mercado e da grande aceitação da bauxita produzida pela Mineração Rio do Norte nas refinarias de todo o mundo. Atualmente, temos uma capacidade de produção instalada de 18,1 milhões de toneladas ao ano - uma das maiores instalações do mundo. Operamos hoje as minas Saracá V, Saracá W e Bela Cruz. Nelas, o minério encontra-se a uma profundidade média de 8m, coberto por uma vegetação densa e uma camada estéril composta de solo orgânico, argila, bauxita nodular e laterita ferruginosa (Mineração Rio do Norte, 2014)
Referências:
  1. Mineraçao Rio do Norte, 2014. Relatório Anual de Sustentabilidade. GRI. URL http://www.mrn.com.br/paginas/images/GRI_MRN_2014.pdf (acesso em 27 de junho de 2018).
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.1 Ecosystem conversion 7.2.10 Large dams habitat present,future regional very high
A Bacia do Rio Trombetas, localizada no município de Oriximiná, apresenta grande potencial hidrelétrico, sofrendo grande influência do governo federal que prevê em seu Plano Nacional de Energia a exploração dos rios Trombetas e Erepecuru para fins de geração de energia hidroelétrica. Os estudos já realizados na bacia projetam 15 empreendimentos hidroelétrico, estando 13 deles com estudos de inventário iniciando, um com estudo de viabilidade e um com projeto básico. Segundo o “Plano Nacional de Energia 2030”, a previsão de área total a ser inundada por tais hidroelétricas somaria 5.530 quilômetros quadrados, afetando significativamente as terras quilombolas da região (Comissão Pró-Índio de São Paulo, 2011).
Referências:
  1. Comissão Pró-Índio de São Paulo, 2011. Terras Quilombolas em Oriximiná: Pressões e Ameaças. São Paulo, p. 39. Disponível em http://www.cpisp.org.br/pdf/Oriximina_PressoesAmea%C3%A7as.pdf (Acesso em: 24 de julho de 2018).

Ações de conservação (1):

Ação Situação
1.1 Site/area protection on going
A espécie foi registrada nas seguintes Unidades de Conservação: Floresta Nacional de Saracá-Taquera (US), Parque Nacional do Pico da Neblina (PI), Reserva Biológica do Rio Trombetas (PI).

Ações de conservação (1):

Uso Proveniência Recurso
17. Unknown
Não existem dados sobre usos efetivos ou potenciais.